Respeite as diferenças!!!

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Quando aprendemos a respeitar as diferenças, sejam elas quais forem, estamos tentando buscar os ensinamentos de Jesus que em toda a Sua humildade, nunca deixou levar-Se por aparências, pois sempre buscou em nosso pai, Deus, a sabedoria para escutar a voz que fala aos corações dos homens, então, nunca escolheu alguém pelo seu exterior, e sim, pelo que elas têm de mais profundo que está guardado no âmago de sua alma: a essência, pois a grandiosidade de um ser humano está plantada em (SUA ESSÊNCIA). 

Pessoas existem cujos seus atributos físicos são maravilhosos e a sua própria presença irradia uma aura tal que nem precisam dizer algo para serem notados. Pessoas existem que mesmo não tendo sido desprezados pela Natureza, impressionam (ou assustam) mais por não ter medo das verdades, que para mim, são qualidades e virtudes, o que, para MUITOS um incomodo que deve ser afastado rapidamente para não contaminar quem estiver por perto. Provavelmente eu me inclua no segundo grupo. A banalidade do mundo em que vivemos leva-nos a dar uma importância desmedida e incontrolada ao que aparentamos ser, ao invés da valorização pouco conceituada daquilo que somos realmente por dentro. 

O meu caso sem dúvida que dá, quase, para rir, por eu ser considerada polêmica demais, pois não deixo curvar-me pelo medo ou pelo receio de quem vive à margem da vida, sempre com receio de falar o que já está escancarado para todos, mas que precisam (por serem bonzinhos) calar-se, mesmo que, com essa atitude estejam prejudicando vidas, às quais lhes foram confiadas, mas que se tomarem alguma atitude podem não ser bem interpretados, então, é melhor deixar do jeito que está ou como "possivelmente" sempre foi. 

Sempre fui alguém, muitas vezes, desprezada por querer demais e sonhar com coisas que para os "acomodados" não passam de meras implicâncias de alguém que não merece ser ouvida, pois as suas “qualidades interiores não são apreciadas" e lhe fazem ser considerada uma pessoa incomoda e que pode atrapalhar os planos de muitas pessoas que se consideram acima do bem e do mal.

Sempre fui, portanto, alguém cujo carinho e amizade, definitivamente, ignoraram-me. Era sempre a “amiga ou profissional” que não serve para conviver ou para assumir tal cargo, pois dá muito trabalho, pois questiona demais.

Como todos sabem, a mágoa da rejeição é das piores mágoas (se é que elas se podem catalogar) que podemos ter na vida. A mim, muitas mágoas trouxeram-me uma revolta e uma dor interior incalculável que tento mitigar diariamente naquilo que faço. Ainda que pense muito nisso… e talvez resida aí o grande problema da minha existência. Amigos dizem-me que as peripécias da vida são para ser vividas, apreendidas e suplantadas, que não são para estarem a ser marteladas e delas extraídas qualquer valor e significado doravante. Será isto correto? Não creio, ainda que o meu comportamento polêmico, mesmo que involuntário, em nada favoreça a minha mente humana e pensante. Estarei doente? Não. “Estou hoje lúcida como se estivesse para morrer”. 

Assim tenho passados os meus dias. Ferida na alma, por quem muito admirei, usado na vida pelos quem sempre amei, frustrado por não ter conseguido aquilo que sempre sonhei. Gostaria de ter uma máquina do tempo para mostrar às pessoas que me usaram e fizeram de mim a réstia reles do ser humano que sou; que afinal há muito mais que a aparência exterior há alguém que sempre dedicou grande parte de sua vida em busca de uma verdade que, agora, penso ser só minha.

Afinal, depois de tanta luta, ainda tenho valor para ser amada, adorada e quiçá valorizada?                                                                                              
Para que isso aconteça o ser humano precisa abandonar o próprio ego e valorizarem mais a ESSÊNCIA, o conteúdo, o interior (e não assumam isto como filosofia barata), pois se lembrem que o ovo não seria nada sem a clara e a gema.                                                                       
Enfim, todos nós sabemos (apesar de alguns se julgarem superiores) que perante Deus somos todos iguais, independente de aparência física, da deficiência intelectual ou mental, do modo de viver e ver a vida e de qual classe social pertencemos, somos e seremos da mesma raça: humana. 

Apenas eu: Vera Araújo